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Quer aumentar o bumbum? Cirurgião plástico explica tudo sobre o procedimento

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Mais de 50 mil cirurgias no bumbum foram realizadas no Brasil em 2014; país já é o segundo no ranking de cirurgia plástica

A passagem da participante Adélia pelo BBB16 acendeu a discussão sobre cirurgia para aumento de bumbum. Adepta dos procedimentos estéticos, a sister revelou já ter se submetido a sete, incluindo o implante de nádegas. A técnica, segundo relatório da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS, na sigla em inglês), tem apresentado rápido crescimento nos últimos anos. Essa popularização, inclusive, contribuiu para o surgimento do fenômeno apelidado de “Bottoms Up” (bumbum empinado).

“Geralmente, quem procura pela cirurgia são mulheres que já tentaram outras possibilidades para aumentar o bumbum, como exercícios, mas não alcançaram o resultado esperado”, afirma Eduardo Sucupira, membro da ASASP e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), além de diretor da Clínica Essendi, no Rio de Janeiro.

Um levantamento feito pela ASPS, em 2015, constatou que o foco das americanas foram os glúteos. No último ano, 21.012 intervenções foram realizadas, entre enxerto de gordura, elevação e implantes de nádegas. Em 2014, o registro foi de 19.530.

No Brasil, o último balanço realizado é referente a 2014, quando foram registrados 50.789 cirurgias para aumento de bumbum, mais que o dobro do realizado nos Estados Unidos. “O que acontece por lá, acaba refletindo aqui nos anos seguintes”, avalia o médico. Não à toa, somos o segundo país no ranking geral de números de cirurgia plástica, perdendo apenas para os EUA.

A seguir, Eduardo Sucupira esclarece as principais dúvidas que envolvem o procedimento de implante de silicone na região dos glúteos.

COMO É FEITA A CIRURGIA?
A prótese é inserida no meio do músculo através de um pequeno corte feito na parte central das nádegas, região conhecida como suco interglúteo – divisão entre os dois lados do bumbum. E, geralmente, é utilizada a anestesia geral para a realização do procedimento.

QUAL É O TAMANHO IDEAL?
Assim como no caso do implante mamário, o tamanho da prótese é relativo às proporções e expectativas de cada paciente. “A definição é feita após avaliação da altura, quantidade de gordura e flacidez na área, além da projeção e simetria dos glúteos”, explica o especialista. “Segundo estatísticas, as próteses mais utilizadas variam entre 200 e 500 ml.” Além de modificar o tamanho, ela pode também corrigir flacidez.

QUAL É O FORMATO IDEAL?
Existem duas opções disponíveis: redonda e em formato de quartzo. “A segunda, tem base oval e possui duas projeções, uma alta e outra baixa”, detalha o cirurgião. É, portanto, responsável por deixar o bumbum com um aspecto mais empinado.

COMO É O PÓS-OPERATÓRIO?
O tempo médio de recuperação é de 30 dias. “Além das recomendações gerais para qualquer procedimento, como repouso e higienização, por causa da posição da cicatriz, a paciente deve tomar cuidado redobrado na hora de sentar e deitar”, aconselha o médico. “Dentro do possível, não é aconselhado sentar ou dormir de costas antes de uma semana.” Para possibilitar o ajuste perfeito do formato do implante e evitar que ele saia do local colocado, o especialista aconselha ainda o uso de uma cinta modeladora da região por, no mínimo, um mês. O resultado definitivo, sem qualquer inchaço, se torna perceptível num período de quatro e seis meses pós-cirurgia.

EXISTE ALGUM RISCO DE COMPLICAÇÃO?
Como qualquer outra cirurgia de implante de prótese, ela pode provocar reações precoces, como hematomas e infecção; e tardias, como acúmulo de líquido próximo à cicatriz ou dor gerada por compressão dos nervos. Por isso seguir o pós-operatório atentamente é essencial.

QUAIS SÃO AS CONTRAINDICAÇÕES?
Segundo o Dr. Sucupira, assim como qualquer outra cirurgia, o que deve ser observado é se o paciente apresenta algum problema grave de saúde, utiliza algum medicamento que pode provocar riscos de complicação ou possui alergia ao material.

Fonte:Revista Marie Claire